Friday, July 15, 2005
Alles Klar
Parafraseando esse ícone da comédia brejeira, de nome Canty- o Cantinflas português..
Bom dia, boa tarde ou boa noite, consoante a hora em que lerem este meu 4º post. (vide a panóplia interminável de cassetes deste artista do penico e da malagueta)
Ora aqui estou para comunicar que, a partir das 20h de hoje, entro de férias. Não é que fique histérica ou demasiado ansiosa com a ideia de ter férias. Basicamente, eu acredito que são para descansar, para fazermos aquilo que nos apetecer.
Fazer tudo, excepto acampar ou parque de campismo. Não sei, faço alergia aos campistas agudos e ao cheiro a suor..É terrível, fico com uma espécie de Sindroma de Tourette, dá-me para o insulto, tipo um eczema linguístico. Após o ataque, durmo vários dias.
Sei que é arriscado dizer isto em público, como tal, peço desculpa por ferir a sensibilidade das 3 pessoas que lerem isto.
Quanto a acampar em plena natureza, digamos que é a mesma relação que tenho com o bitoque (adoro-o mas não significa que durma com ele). Não é que não goste da Natureza, apenas respeito o seu espaço e não privo com ela. A ideia de esfregar folhas onde o sol não brilha não me fascina..VIVA O PAPEL HIGIÉNICO (de preferência o macio).
Dia 01 de Agosto estou de volta. Regressarei com mais pujança, efervescência e histórias para contar.
Vou segura e confiante pois já consultei o meu Borda d´Água. É um bom momento para semear os meus repolhos, alles klar?
Até breve
Miss Spinne
Thursday, July 14, 2005
Aqui e agora...
Uma das sensações mais ingratas e dolorosas é a perda .Seja de alguém, da esperança, duma ideia, o que for, até mesmo da chave da vossa casa.
Sentir que já não é nosso, que está suspenso no ar, vazio, à mercê de tudo e todos, em suma, não nos pertence.
Pode passar a ser de alguém, de ninguém, mas já não é teu!
Dói, corrói, mói….
Poderei falar-vos do quanto é difícil perder alguém. Não por negligência, mau feitio, descuido, desatenção, nem mesmo pela senhora da foice enferrujada.
Mas sim, alguém que se vai embora e bate com a porta do vosso coração, bate com a mesma intensidade com que fecha umas portadas escancaradas por uma corrente de ar, das fortes!
Bate com a porta, esfrega os pés no vosso tapete e ainda pede para ser acompanhado.
Como é que se escolta alguém que vai desaparecer da nossa vida? Como lhe podemos dar o braço se queremos que fique?
Tshhh, é preciso ser descarado, não acham? Ou tem muita lata ou já se lhe acabou o Amor.
Mas, quando se acaba o Amor, aquilo que sentimos não chega para os dois? Não podemos dizer que está tudo bem?
Fingir que não somos possessivos, que as crises são normais, que a paixão arrefece…Faze-lo acreditar que a chama dele, agora feita em cinzas, é sintomática do stress, que é culpa dos outros, NUNCA nossa!
Mas não é! É claro que não é!
A nossa labareda, aquela que nos fazia vibrar, estremecer ao mínimo toque, olhar, cheiro, pensamento até..A nossa labareda, que agora é só minha, vejo-a arder. Não ficou cinzenta.
Tento convencer-me que volta, que reconsidera, que ainda me quer. Mas a ampulheta não pára, os grãos de areia juntam-se e nem uma notícia, nem uma saudade, nem uma procura.
Mesmo assim desculpo, invento, justifico-me para não encarar o que está diante dos meus olhos. Armo birra e jogo à cabra-cega, ato o lenço à volta dos olhos.
Até ao dia em que o nó se desfaz, descubro o que me rodeia e encontro-me. Preparo-me e pulo, salto da cúpula e vejo o que me espera.
Eu….
www.leagueofgentlemen.co.uk
Mais um dia que passa....
Muitas vezes, aquilo que sentimos e que queremos dizer já foi dito por outros. Aqui está uma dessas situações....
Parece dramático, trágico até..Parece que o chão nos foge dos pés, mais rápido que a nossa sombra..
"Não foi o cinismo, não foi a mentira, não foi a desilusão, não foi o desatino...
O mal que ele me fez é rir-me de mim mesma... Carne pervertida que me apunhalou. Amá-lo para quê?
O meu drama não tem nada de confuso ou complicado. É o drama de quem ama sobressaltado e na descrença iludida não confia num abraço, num olhar, numa promessa, pois só encontrou no amor a transitória certeza de ter vivido."
Wednesday, July 13, 2005
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